domingo, 6 de março de 2011

antes tarde do que nunca... Sobre os indicados e o vencedor a melhor filme.

HEY!
O senhor Kirk Douglas esperou
 muito por esse post...

Sei que eu estava devendo esse post desde semana passada após o post sobre Oscar...
Mas apesar de eu amar cinema e falar sobre, eu tenho bastante preguiça do ato de escrever, fazer o q, vamos lá então.









Cisne Negro (Black Swan)
Grande filme, um clássico instantâneo de fato. Tentei fazer um TOP de Darren Aronofsky, e é claro, eu não consegui colocar cinco obras primas em ordem.  Mas Cisne Negro acabou ficando em penúltimo em quase todas às vezes, não por ter algum defeito, acho um filme perfeito em vários sentidos, mas por que eu gosto muito de PI, Réquiem Para Um Sonho e Fonte da Vida. Mesmo assim, Cisne Negro tem a marca de Aronofsky, como a obsessão dos personagens, a paranóia, e tem a marca da sua evolução, como planos mais longos lembrando O Lutador. É um dos melhores filmes do ano, é um cinema visceral, é como um filme Cult quebrando as barreiras de publico. E é o melhor filme de Natalie Portman, o ápice da carreira dela.

O Vencedor (The Fighter)
Quando primeiro li sobre, pensei que fosse só mais um filme ‘come back’ de lutador de boxe, mas é surpreendente, baseado numa história real, tem um roteiro excelente que preza pelas atuações que são a melhor coisa d’O Vencedor, os personagens (reais) são tão bem desenvolvidos, e geraram atuações extraordinárias, aí estão Melissa Leo e Christian Bale pra provar isso, e Amy Adams, maravilhosa, é só esperar, logo logo ela ganha um premio. Apesar de não ser um dos meus preferidos tenho q reconhecer que é excelente, grande direção, drama muito bem apresentado e consegue falar sobre o vicio em drogas de maneira original.

A Origem (Inception)
Gosto tanto de Nolan quanto de Aronofsky, possivelmente os mais inovativos diretores dessa geração. Inception foi o filme que mais me gerou expectativas nos últimos anos, e isso que eu não cheguei a ler uma sinopse, e só vi o teaser, quando entrei no cinema (IMAX, economizei e viajei à Curitiba pra poder assistir full experience) eu não tinha nem idéia de que falava de sonhos, todas aquelas expectativas foram não só atendidas, como foram superadas.  É Sci-fi de primeira, é outro clássico instantâneo, é completo, a trilha, o elenco, o roteiro (meu deus, que roteiro fantástico, que idéia!) e que direção! É o meu filme preferido do ano de 2010, só isso!

Minhas Mães e Meu Pai (The Kids Are All Right)
Talvez o mais fraco dos indicados, mas ainda sim um ótimo filme. Com uma temática bem atual e um elenco afiadíssimo é difícil não gostar. É um daqueles filmes que tratam de assuntos pesados de maneira muito leva que tem todo o ano ultimamente, como Juno, que é muitíssimo melhor que esse (veja), o forte de Minhas Mães e Meu Pai é o elenco, apesar dos personagens serem pouco desenvolvidos os atores conseguem dar mais dimensão a eles, principalmente os mais experientes, tanto que Annete Bening, e Mark Ruffalo (que esta bem, mas merecia mesmo era ser indicado por Shutter Island). E apesar de não entrar no meu Top 10, é um filme divertido, que trata muito bem da temática homossexual, e vale a pena ser visto.

O Discurso do Rei (The King’s Speech) --- WINNER
Apesar de não ser meu preferido acho que o Oscar pra filme (não pra diretor ou roteiro) foi merecido. Filme muito bom, magníficas atuações, e com uma história lindíssima. O principal do filme é a amizade entre o Rei George e o seu “médico” Lionel Logue, o que não seria nada sem a química entre Colin Firth e Geoffrey Rush, que está melhor que Christian Bale em minha opinião. Helena Bonhan Carter também está maravilhosa, numa atuação contida e bastante diferente do que estamos acostumados. Excelente filme.

127 Horas (127 Hours)
Bom filme, uma experiência completa, o filme dá algumas escorregadas em roteiro e direção e o exagero no numero e intensidade dos delírios do personagem principal incomoda, mas James Franco consegue salvar o filme, carregando tudo isso nas costas. Uma das melhores atuações do ano, esse é um ator em que devemos ficar de olho, que só faz melhorar com o tempo, se antes ele era apenas o ‘amigo do homem-aranha’, hoje em dia ele é um ator, é só dar uma olhada em sua filmografia recente, destaque para o papel dele em Milk, como um homossexual. E em 127 Horas ele consegue passar essa angustia e a cena mais forte do filme é faz o expectador virar o rosto, vale muito à pena pela experiência, apesar de também não entrar no meu Top 10 do ano passado.

A Rede Social (The Social Network)
Um dos melhores filmes do ano, e principalmente, um dos melhores filmes de David Fincher, quando saíram às noticias muita gente, inclusive eu, ficava com o pé atrás, filme do Facebook? Pra que? Felizmente as duvidas sumiram com os primeiros trailers, é um filme completo, um filme que como muita gente já disse, é a imagem de uma geração, o retrato dessa época da web 2.0 que vivemos. E essa rapidez de acontecimentos, de relacionamentos, de idéias, é retratada perfeitamente em todos os aspectos, desde a interpretação de Zuckerberg de Jesse Eisenberg até a trilha sonora de Trent Reznor & Atticus Ross. E ainda por cima, filme tem um “quê” de cidadão Kane, na construção da trajetória dos personagens. Tem uma montagem fantástica, e é um filme que vai com certeza vai marcar época.

Toy Story 3
Outro filme que fiz questão de ver em IMAX, não que seja necessário, não que o 3D seja essencial, mas é Pixar, e isso faz diferença, é algo único, é um estúdio, um estúdio que eu adoro tanto quanto eu adoro alguns diretores, atores, um estúdio que tem tanto carinho por cinema, que emociona. E Toy Story 3 segue isso a risca, e mais, é o melhor filme do ano ao lado de Inception. As pessoas têm naturalmente certo preconceito, por ser uma animação, mas se você esquecer isso, se você embarcar na história, no drama dos personagens, sim, são brinquedos, são feitos em computador, mas são personagens, com medo, do que vem pela frente, com medo de perder o que eles mais amam, com receio de seguir em frente, esse drama, esse sentimento, somado a musica que eu conheço desde que Eu era uma criancinha, em Toy Story 1, isso que me fez chorar (muito) já com a primeira cena do filme. E se cinema é mesmo emoção, é mesmo técnica, e se a categoria de “melhor filme” tem como objetivo reconhecer o melhor filme do ano, por que Toy Story não deveria ter chances? Claro que essa é uma esperança cega e é algo que não vai acontecer tão cedo, mas eu espero do fundo do coração que isso se concretize algum dia.

Bravura Indômita (True Grit)
O melhor western desde “Os Imperdoáveis”, e melhor que alguns antes desse. É fato que os irmãos Coen fazem filmes de western desde sempre, mas é a primeira vez que um filme deles se passa No velho oeste, e toda a escola que foi a filmografia deles é aplicada aqui, já é um dos meus favoritos e gosto tanto quanto Onde Os Fracos Não Têm Vez. E é o melhor por que é muito mais do que uma homenagem ao gênero, é perfeito, a história, a música, a fotografia, os personagens, os diálogos, são de uma crueza sublime. E é um filme de uma inteligência, quando quer drama, consegue, quando quer humor negro consegue, quando quer empolgar empolga. O som do filme é tão western, é tão bem feito. Tiros secos de tremer a sala, e silêncios ensurdecedores. Um delírio pra quem é fã do gênero e acima de tudo pra quem é fã de cinema.

O Inverno da Alma (Winter’s Bone)
O azarão dos indicados, esse filme atingiu poucas salas de cinema, tanto no Brasil quanto no mundo, filme de festival, é uma pena, por que é excelente. Drama baseado num livro é dotado de uma tristeza, refletida tanto na fotografia, quanto na musica, quanto nas atuações, e é um filme tão frio. Frio no bom sentido, não só o clima do lugar é frio, mas a situação é fria. O filme é cinzento triste e distante, e isso é o melhor dele, é o reflexo da personagem principal, interpretada extraordinariamente por Jennifer Lawrence e também é o reflexo dos que estão a sua volta, um lugar tão pobre quanto o espírito das pessoas que vivem nele. Destaque a atuação de John Hawkes também, que interpreta o tio da protagonista, um cara que é tão “durão” da boca pra fora, quanto é um homem preocupado e que quer o melhor pra própria família, em seu interior. O filme é cheio desses personagens complexos e tem uma historia que consegue emocionar com muito pouco. Mérito das boas atuações e da boa direção.

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